Ir para o conteúdo
Logotipo do FFHC Menu mobile

Blog

  • Geopolítica e globalização

    Nos anos 1990 e 2000, a Guerra Fria havia acabado e a democracia florescia. A globalização impulsionou o comércio mundial. O multilateralismo parecia ser o melhor caminho para resolver os problemas globais. Este cenário começou a mudar em 2008, com a crise financeira mundial, que aguçou o descontentamento em relação à globalização, revelou e acentuou o crescimento das desigualdades sociais nos países mais desenvolvidos e impulsionou o ressurgimento do nacionalismo e de movimentos de extrema direita, reforçados pelas redes sociais.

    Na última década, a ascensão da China como nova superpotência econômica, tecnológica e militar e a crescente rivalidade entre Pequim e Washington recriaram a perspectiva de um mundo dividido em blocos antagônicos. A invasão da Ucrânia pela Rússia trouxe de volta o temor de um conflito bélico entre potências nucleares, deflagrado na Europa ou no Leste da Ásia. 

    A emergência climática exige cooperação global, mas os países e as instituições internacionais têm mostrado dificuldades em responder à altura – um problema de coordenação que a pandemia do novo coronavírus deixou patente, com graves consequências. 

    A Fundação FHC tem acompanhado os  processos de mudança global e, por meio de debates, publicações e vídeos, procura contribuir para identificar caminhos que ajudem o Brasil a encontrar seu rumo num mundo marcado por incertezas, perigos, mas também novas oportunidades para o desenvolvimento sustentável e inclusivo e para uma democracia de melhor qualidade. Reunimos alguns destes conteúdos produzidos recentemente nesta página. Aproveitem o material!

     

    Webinars

    A década da definição: os EUA e a China vão conviver pacificamente?

    Para responder esta pergunta, a Fundação FHC conversou com dois especialistas que conhecem profundamente a história, a cultura, os sistemas políticos e a atuação externa dessas duas grandes potências do século 21: Lanxin Xiang, professor emérito do Graduate Institute of International and Development Studies (IHEID, Genebra), e Bonnie S. Glaser, diretora do Indo-Pacific Program do The German Marshall Fund of the United States (GMF).

    Ambos concordaram com o seguinte: os EUA a China já vivem em um estado de guerra fria. Há divergências, no entanto, sobre as chances de a crescente disputa econômica, tecnológica, política e ideológica entre as duas superpotências escalar para um confronto militar no Mar da China Oriental, na região do Estreito de Taiwan, e detonar uma guerra de maiores proporções no Leste Asiático, nos próximos anos. 

           - Leia o texto completo.


    As relações entre a China e a Rússia pós-invasão da Ucrânia

    “A relação entre Vladimir Putin e Xi Jinping é a cola que une os dois países, mas a amizade sino-russa vai depender do equilíbrio entre os interesses compartilhados a nível global e regional e os interesses nacionais concorrentes”, disse o professor Tai Ming Cheung (University of California San Diego), neste webinar realizado em parceria com o CEBRI e o Conselho Empresarial Brasil-China.

      - Leia o texto completo.

     

    A guerra na Ucrânia e os mercados globais de energia e alimentos

    A invasão da Ucrânia completou um ano e os impactos nos mercados globais de alimentos e energia continuarão presentes a depender dos rumos do conflito na Europa. Outros fatores, como a mudança climática, podem contribuir para novas instabilidades. Cada vez mais, há um imbricamento entre as questões de segurança, geopolíticas e climáticas. Participaram deste webinar Clarissa Lins (ex-Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás), Elina Ribakova (Institute of International Finance), Joseph W. Glauber (International Food Policy Research Institute) e Marcos Jank (Insper Agro Global).

     - Leia o texto completo
     - Ouça no Spotify

     

    A política externa do governo Lula 3: os desafios do Brasil em um mundo em crise

    Sob a liderança do presidente Lula, o Brasil tem condições de ser parte das soluções de alguns dos principais problemas globais, como as crises climática e da democracia e o aumento da desigualdade. Para ter voz num mundo marcado por múltiplas crises, o Brasil precisa enfrentá-las aqui dentro e dar sua contribuição para superá-las lá fora –  dois movimentos simultâneos que podem se reforçar mutuamente. Participaram deste webinar Celso Lafer, ex-ministro das Relações Exteriores, Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente, e Laura Trajber Waisbich, do Instituto Igarapé.

    - Leia o texto completo

     

    Publicações

    Journal of Democracy em Português

    Ucrânia e Rússia: guerra e regimes políticos
    Timothy J. Colton

    “Na véspera da guerra, o regime da Ucrânia era um projeto em construção e, de modo algum, um modelo de democracia. Isso não implica que o país, vítima de uma guerra total assimétrica, não seja digno do apoio ocidental. Já a Rússia, sob o regime de Putin, representa um projeto de desconstrução da democracia. Permanece em aberto se um desastre na Ucrânia levaria a Rússia à tirania, a um regime mais moderno e representativo, ou ao caos”, escreve o professor da Universidade Harvard.

    Download gratuito do artigo no site da Plataforma Democrática.

     

    O renascimento da ordem mundial liberal
    Lucan Ahmad Way

    A Guerra na Ucrânia desperta temores de que o mundo poderia estar à beira de uma época sombria, mas há evidências de que o ataque de Putin às normas internacionais poderia fortalecer a ordem mundial liberal. “Embora um maior pluralismo possa não gerar maior crescimento econômico ou reduzir os níveis de corrupção, ele permite às sociedades evitar o tipo de violência brutal que vemos hoje na Ucrânia e, cada vez mais, na Rússia”, escreve o cientista político canadense.

    Download gratuito do artigo no site da Plataforma Democrática.

     

    A metamorfose social e a democracia
    Sérgio Abranches

    Em artigo inédito para a edição brasileira do Journal, o cientista político interpreta a instabilidade e as contradições de nosso tempo como resultado de uma verdadeira metamorfose das sociedades contemporâneas, nos planos social, científico-tecnológico e ambiental.  “Os grandes desafios durante e após a metamorfose continuarão a ser a superação das desigualdades, velhas e novas, o aprofundamento da democracia, a remodelagem das salvaguardas contra a autocracia e a mitigação da mudança climática. Para enfrentá-los, a sociedade disporá de um novo kit de ferramentas oriundo das mudanças técnicas e comportamentais”, escreve Sérgio Abranches.

    Download gratuito do artigo no site da Plataforma Democrática.



    Vídeo

    Fura Bolha - com Demétrio Magnoli e Gilberto Maringoni

    Quais são as razões da invasão russa na Ucrânia e os reais objetivos de Vladimir Putin? Que posição deveria ser adotada pelo Brasil no cenário internacional? E mais: como as divisões em relação ao conflito refletem as divisões políticas de nosso país?

    Essas são as questões colocadas aos convidados Demétrio Magnoli e Gilberto Maringoni neste episódio do Fura Bolha. Os jornalistas debateram o contexto e as implicações da Guerra na Ucrânia para o mundo e para o Brasil. 

     

    Saiba mais:

    Como as democracias morrem: os desafios do presente

    Estados Unidos, China (e Rússia): o mundo vive uma nova Guerra Fria?

    Aos 75 anos, a ONU se vê diante de grandes desafios: como garantir sua relevância no futuro?

    Democracias turbulentas e o sistema internacional