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08 de fevereiro de 2012

Cultura das transgressões no Brasil: visões do presente

A expectativa é a de que este livro possa não apenas lançar luz sobre os desafios éticos com que nos deparamos no dia a dia, mas também ajudar a encontrar caminhos que levem a fortalecer as bases da confiança entre as pessoas e destas com as instituições.

No Brasil vivemos uma espécie de paradoxo: ao mesmo tempo em que as condições materiais de vida melhoram, temos a sensação de experienciar uma espécie de “crise moral”, que se manifesta desde as relações entre as pessoas até as relações entre quem governa e quem é governado. Haveria de fato uma “crise moral” com a qual devêssemos nos preocupar? Ou trata-se apenas de uma percepção distorcida, produto da nossa dificuldade em identificar e compreender a formação de novos valores, em substituição aos valores de uma sociedade tradicional?

É em torno dessas questões que giram os ensaios reunidos neste livro, o segundo da série Cultura das transgressões no Brasil, que a Fundação FHC e o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) realizam em parceria. Em que pese a diversidade das “áreas” abordadas – política, mídia, economia, educação e família –, pode-se entrever um diagnóstico comum a todos os autores: a modernização do País tem sido feita à custa dos laços de confiança, nos distintos âmbitos da vida social.

Construir esses laços de confiança em uma sociedade que, felizmente, é mais democrática e aberta do que jamais foi – eis um dos grandes desafios que temos pela frente se quisermos realmente ter um país não apenas maior, mas também melhor do que o que temos.

Imagem que mostra a capa de um livro da Fundação FHC. A capa é verde e tem detalhes em amarelo e azul. Ao centro, em branco, o título: Cultura das Transgressões no Brasil - Visões do Presente. Mais abaixo, autor do prefácio: Celso Lafer. Mais abaixo, autores do livro: Marcílio Marques Moreira, Fábio Reis, Caio Túlio costa, Yves de la Taille e Içami Tiba.