A Política Nacional de Saúde Integral LGBT (Portaria 2.836/2011) é lançada pelo Ministério da Saúde a partir das diretrizes do Programa Brasil Sem Homofobia e das demandas advindas da representação LGBT — desde 2006 — no Conselho Nacional de Saúde. Trata-se de uma série de diretrizes e recomendações para inserção da saúde LGBT no Sistema Único de Saúde. É pioneira pela abordagem integral da saúde LGBT: não reduz as suas necessidades em saúde apenas a políticas de HIV/Aids e reconhece a discriminação e a exclusão vividas por este grupo como determinante social da saúde. No âmbito do Sistema Único de Saúde, a Política ambiciona reestruturar os serviços, rotinas e procedimentos oferecidos para combater preconceitos e discriminações enraizados contra a população LGBT. Além disso, busca combater outros problemas de saúde desse grupo, como problemas decorrentes do uso prolongado de hormônios por transexuais e travestis e alta morbidade e mortalidade de travestis.