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08 de fevereiro de 2012

Cultura das transgressões no Brasil: lições da História

Este livro apresenta textos escritos na expectativa de poder contribuir para um debate crucial para o desenvolvimento brasileiro.

Em seu livro clássico, Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda escreveu que “a ideologia do liberalismo democrático jamais se naturalizou entre nós”. Falava ele, em meados da década de 1930, da difícil assimilação à vida social e política brasileira da mentalidade e do comportamento pautados pelo respeito à norma, à lei Passados 70 anos, a afirmação permanece em grande medida válida, assim como válida permanece a questão que o preocupava: como conciliar o país legal com o país real e vice-versa, avançando na trilha da modernização democrática? Sérgio Buarque depositava esperanças na urbanização, de um lado, e na dissolução da ordem rural patriarcal, de outro. A história nos mostrou que esses dois largos processos não foram suficientes para a consolidação do império da lei entre nós, seja na esfera da política, seja na esfera da economia.

Hoje vivemos numa sociedade urbana de massas e sob regime democrático, mas o império da lei continua a ser um objetivo a conquistar. Examinar as raízes históricas dessa difícil assimilação e analisar em que a compreensão do passado nos ajuda a entender o presente e transformá-lo para melhor foram os propósitos que levaram a Fundação FHC e o ETCO a reunir quatro dos principais cientistas sociais brasileiros no debate “Cultura das transgressões no Brasil: lições da história”, realizado em agosto de 2007 na Fundação, do qual se originou esta publicação. Com este livro, as duas instituições oferecem ao público os textos especialmente escritos para a ocasião do evento, na expectativa de poder contribuir para um debate crucial para o desenvolvimento brasileiro.

Imagem que mostra a capa de um livro da Fundação FHC. A capa tem as cores azul, amarelo e verde. Ao centro, em branco, o título da obra: Cultura das Transgressões no Brasil - Lições da História. Mais abaixo, nomes dos coordenadores do livro: Fernando Henrique Cardoso e Marcílio Marques Moreira. Mais abaixo, nomes dos autores: André Franco Montoro Filho, Bolívar Lamounier, Joaquim Falcão, José Murilo de Carvalho e Robeto DaMatta.