Relações de Trabalho, Sindicalismo e Coesão Social na América Latina
Artigo escrito por Adalberto Cardoso (IUPERJ) e Julián Gindin (Doutorando em Sociologia pelo IUPERJ).
O principal objetivo deste estudo é mensurar os efeitos da reestruturação econômica iniciada nos anos 1970 no Chile e estendida aos demais países latino-americanos nas duas décadas seguintes, sobre esse padrão de 4 relações de classe, tentando mensurar, em seguida, se e como esses efeitos marcam o continente no pós-neoliberalismo. Tomaremos como exemplos os casos de Brasil, Argentina e Chile no Cone Sul, Bolívia e Venezuela na América Andina, e México na América Central. Pretendemos mostrar que as políticas adotadas ao longo dos anos 1980 e 1990 tiveram impactos importantes sobre as bases de sustentação do modelo apenas esboçado acima, ao enfraquecer as organizações tradicionais de capital e trabalho, ao reduzir o papel do Estado na economia (diríamos: ao despolitizar a economia) e ao reconfigurar o ambiente das relações de trabalho, modificando o padrão de coesão social antes consolidado. No vazio deixado pelos tradicionais atores políticos, novos (e velhos) agentes sociais surgiram (ou ressurgiram) por toda a parte exigindo emprego, alimentação, terra, reconhecimento e dignidade, impondo novos desafios ao sindicalismo como ator relevante do ordenamento sócio-político.
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