Assim como o Pacs, que o antecedeu, o Programa de Saúde da Família (PSF) é lançado como parte de uma estratégia de reestruturação do modelo assistencial do SUS, visando o aprofundamento da municipalização e o fortalecimento da chamada atenção primária, ou seja, a prevenção de doenças e o atendimento aos casos de menor complexidade. O PSF traz inúmeras inovações e desafios. Por meio dele, equipes multidisciplinares (um médico, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e quatro a seis agentes comunitários de saúde) passam a trabalhar em Unidades de Saúde da Família, nas casas dos pacientes e nas comunidades, e se concentram na integração da assistência médica com ações preventivas e de promoção da saúde, sendo um primeiro contato do paciente com o sistema de saúde local. 

Desta forma, o PSF busca o estabelecimento de vínculos entre os profissionais de saúde e a população. A família, a partir do ambiente onde vive e se relaciona, passa a ser o foco de atenção, promovendo-se uma compreensão ampliada do processo saúde/doença e rompendo-se os muros das unidades de saúde.