Diálogos com um presidente
09 de abril de 2013

Instituto Ismart


Questões dos alunos:

1. Qual lição o senhor quis nos dar a partir da Comissão Especial de Investigação, que foi destituída por decreto do seu governo?

2. O que seria o neoliberalismo e por que o senhor foi acusado de praticá-lo em seu governo?

3. Uma ironia que podemos observar é que a China, um país socialista, hoje movimenta o capitalismo e tem suas empresas estatais. Qual o ensinamento que o senhor quis nos dar com a privatização de diversas empresas no Brasil?

4. Tivemos a oportunidade de ver na Exposição “Um Plano Real” alguns processos das crises enfrentadas pelo Brasil até a década de 90, quanto à inflação, e mesmo a crise política gerada por dívidas externas. Eu queria saber quais foram os critérios para escolher a equipe econômica que criou o Plano Real, porque muitos dos membros dessa comissão já haviam participado de outras comissões e fizeram planos que não deram muito certo 

5. No contexto atual do país, a taxa de brasileiros na linha da pobreza chega a 31,7% da população, número que mostra uma grande desigualdade social, que ainda é agravada pelos investimentos que não atingem com eficiência o sistema público educacional e tecnológico e não geram infraestrutura necessária, principalmente no transporte, para possibilitar a exportação da safra total de grãos que, de 2012 para 2013, foi de aproximadamente 180 milhões de toneladas. Nós produzimos, mas não escoamos nosso potencial total, o que gera menor crescimento econômico, como pode ser notado pelo PIB em 2012, que não cresceu tanto desde 2009, e menos recursos financeiros que poderiam ser revertidos para mudar o quadro social brasileiro. O que o senhor pensa ser possível fazer para mudar essa realidade? 

6. Eu acho que um pouco da sua vida particular se fundiu com a vida nacional, principalmente enquanto o senhor esteve na presidência. Eu gostaria de saber quais são as suas perspectivas para o futuro de curto, médio e longo prazo e gostaria de saber o que o senhor espera do Brasil e um pouco do seu papel daqui para frente.

7. O capitalismo traz, em geral, uma grande desigualdade na parte humanista. As pessoas agem mecanicamente: vão para escola, trabalham, compram. E tem também a crise da sustentabilidade, dos recursos do planeta. Mesmo com a desigualdade, já há uma grande falta de recursos naturais. Se você diminui essa desigualdade, você tem um maior consumo e os recursos do planeta acabariam ainda mais rápido. Eu queria saber a sua opinião sobre se o capitalismo vai conseguir vai conseguir dar um jeito nessas crises ou se já está na hora de desenvolver um novo sistema. 

8. A falta de investimento na educação de base – que é médio e fundamental – e o grande investimento em educação superior – universidade e ensino técnico – é uma vontade do governo de manter a massa ignorante, mas sem perder a força de trabalho?

9. O senhor acha que tem carreiras profissionais que possam facilitar ou dificultar o ingresso na política para chegar a presidente? Quais virtudes o senhor acredita serem de um possível candidato, pelo menos para conseguir uma indicação de um partido? E eu gostaria que o senhor comentasse um pouco sobre a progressão continuada.

10. Como seria possível amenizar as diferenças sociais no Brasil?

11. Qual a melhor forma de iniciar a carreira política?

12. Tendo em vista as mudanças que ocorreram no seu governo, que foram tão significativas para a estabilidade econômica que o Brasil apresenta hoje, eu gostaria de saber quais foram as influências que o senhor teve, quais foram as motivações e em que o senhor buscava inspiração para reger o governo com firmeza e a visão de futuro que o senhor regeu.

13. O senhor acredita que uma menor intervenção do Estado na economia acarreta em uma melhor distribuição de renda? Em caso positivo, por quê?

14. Qual, na opinião do senhor é o grande inimigo do povo brasileiro? O que é vida para o senhor? Qual foi o motivo da sua existência? 

15. Em uma sociedade como a brasileira, em que o sistema político é baseado no presidencialismo, e tendo a atual conjuntura e hegemonia que um grupo vem tendo no poder há mais de uma década, não seria adequado – para evitar a consolidação desse grupo e evitar o “sequestro” do Estado – defender o parlamentarismo como uma saída republicana e como uma ferramenta contra essa hegemonia? Quais seriam os pontos positivos e negativos que a instauração do parlamentarismo traria para a sociedade brasileira, tendo em vista a nossa situação atual? 

16. Qual a sua opinião em relação às políticas sociais no Brasil – estamos no caminho certo ou estamos ainda muito assistencialistas? Qual o seu grande conselho como um líder?

17. Gostaria se o senhor já se arrependeu de alguma coisa que tenha feito na carreira política e o que mais sente orgulho de ter feito.