Fundação Estudar (I)
Questões dos alunos:
1. Na sua opinião, como foi a sua política externa?
2. O senhor acha que teve um impacto muito grande, nas mudanças políticas que a gente teve, a questão econômica? Por exemplo, durante a ditadura: se a economia brasileira tivesse seguido um bom rumo, se a gente teria de repente uma ditadura um pouco mais longa. Ou se o governo Fernando Collor tivesse seguido um bom rumo econômico, ele teria terminado o mandato dele.
3. Qual a sua visão da zona do Euro no médio prazo?
4. Depois das eleições de 2012, o senhor acha que ocorreu a aproximação entre a população e as instituições políticas? Quais são as principais barreiras? O senhor tem ideia de como quebrá-las?
5. Eu queria saber como você teve a perspicácia de juntar a equipe econômica que tinha o Plano Real em mente na época. Como você enxerga o Brasil daqui a 50 anos, considerando que agora a gente está para se tornar a 5ª maior economia em 2014?
6. Qual a sua opinião sobre a questão do impeachment do ex-presidente paraguaio, Fernando Lugo, e a relação que isso teve com a entrada da Venezuela no Mercosul?
7. O que o senhor acha em relação às perspectivas no Brasil no campo social, já que agora nós somos considerados a 6ª maior economia do mundo e agora somos o 84º no ranking do índice de desenvolvimento humano?
8. O senhor falou em ebulição política, em alterações de valores, mudança da educação, alteração na visão do governo em investir em educação, mas há dificuldade, nós temos falta de profissionais qualificados, temos uma distinção muito grande entre os que mantêm a riqueza do pais e aqueles que são, em decorrência da classe social, explorados para manter. O senhor coloca que a política tem mudado e os partidos não têm esta visão. Como trabalhar toda essa questão? Porque a visão do empresariado, com algumas exceções, normalmente visa o lucro, e ele quer usar o governo para conquistar mais lucro. Quando é uma empresa multinacional, levar o lucro para fora, e não investir no país. Se investe aqui dentro, é uma proporção muito ínfima que não paga o que se explora do país. E a visão que eu tenho da política é usar a política para afastar essa barreira, afastar essa desigualdade social entre os mais explorados e os mais ricos no país. Os partidos vão trabalhar isso? Não tem condições? Essa situação que o senhor mencionou também em que o supremo está julgando o mensalão. Alguns não acreditavam que houvesse punição. Até agora não foi ninguém realmente enviado à prisão, mas há expectativa favorável nesse sentido, já demonstra uma mudança na questão ética do povo, embora alguns alheios à eleição participando desse momento histórico? Os partidos veem isso? Novos líderes surgindo desse contexto? Porque aquele passado em que os políticos usavam o cargo para conseguir alguma coisa, não em benefício do grupo, mas em benefício pessoal ou interesses de lobistas. Tem essa expectativa? Nós podemos confiar um pouco mais? Não futurologia, mas o recado do momento está dando para um momento futuro?
9. Do ponto de vista pessoal, por que o senhor acredita que chegou à presidência? Era algo que, na sua juventude, o senhor almejava e se preparou para tal, e quando veio a oportunidade o senhor agarrou? Ou foi algo que foi aparecendo e os conhecimentos que você tinha adquirido até o momento o permitiram que pudesse enfrentar esse desafio? E quais foram as características que o senhor acha que tinha que o fizeram exercer a presidência dessa forma? E, por último, que dica o senhor dá para esses jovens que estão aqui e também almejam assumir posições no futuro que vão causar tanto impacto no país quanto o senhor causou?
10. O senhor tem algum conselho para o jovem que tem vontade de seguir especificamente uma carreira política?