Diálogos com um presidente
06 de dezembro de 2013

Centro Universitário SENAC

Questões dos alunos:

1. O que pode ser dito a esses jovens em relação às profissões, com as mudanças que o século XXI tem colocado? Como o Brasil pode se preparar para isso e quais são os desafios para um curso que é relativamente novo, o de Relações Internacionais? Não é um curso para o qual o mercado esteja com as portas abertas. Que recomendações é possível dar a eles?

2. Qual a sua opinião sobre as recentes manifestações e a força da mídia social? Elas têm força política para novas mudanças? Qual é o diálogo dos políticos sobre esse assunto?

3. Até que ponto o senhor acha que existe a possibilidade de uma mudança no modelo político brasileiro? Há abertura para uma mudança ou reestruturação para tentar fazer alguma coisa diferente do que tem sido feito hoje?

4. Qual o papel do presidente da República nas Relações Internacionais e qual seria a interação entre o presidente e o Itamaraty? Nos últimos anos o senhor percebeu alguma alteração no papel do presidente?

5. Qual a sua opinião sobre o modelo de atuação que o FMI fez em cima do Brasil e como foi governar o Brasil em uma situação de crise e dar a volta por cima?

6. Eu gostaria de saber qual é o seu envolvimento com o Clube de Roma hoje, sobre as questões de mudança climática no seu governo e a relação disso com as políticas de prevenção de desastres naturais no Brasil.

7. Durante o seu governo, qual era a sua opinião sobre mão de obra qualificada no Brasil? O senhor acha que 4 milhões de estrangeiros vindo trabalhar no Brasil pode gerar algum problema social e de sindicatos?

8. Como o senhor enxerga a atuação e a presença cada vez mais ativas da sociedade civil na questão ambiental?

9. O senhor falava em tempos de desconfiança em termos de quebra de legitimidade do poder político em relação aos seus representados. Nós assistimos hoje a inúmeros casos de denúncia de corrupção e a uma atuação um pouco leniente desses órgãos em relação ao trato desses casos. Eu gostaria de saber como esses mecanismos – que se trata de uma rede no Brasil, são diversos, tanto fiscais quanto políticos – têm atuado e se o senhor vê de forma positiva essa atuação conjunta ou se a defesa desses interesses políticos, da própria classe política, acaba minimizando a atuação e a possibilidade de sanção desses outros mecanismos.

10. Queria que o senhor comentasse um pouco os avanços, sobretudo recentes, na agenda de política pública sobre drogas – Washington, Colorado nos EUA, ou o projeto do Uruguai – e o engajamento do senhor com o assunto.

11. Como o senhor se sentiu quando a paridade cambial ficou comprometida após a sua reeleição e, em vista disso, como o senhor acha que as plataformas econômicas deveriam agir para fazer com que o Brasil cresça?