Fundação Estudar
Questões dos alunos:
1. Como evitar que vários projetos de qualidade – tanto no âmbito municipal quanto estadual ou federal – sejam finalizados ou alterados por questões partidárias? Porque muitas vezes você tem um projeto muito bacana com um partido, aí muda e o projeto acaba.
2. O que o senhor pode esclarecer a pessoas, especialmente jovens como nós, sobre o exercício da política? Mangabeira dizia que uma das soluções para o Brasil seria uma renovação institucional. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
3. Parece que os partidos políticos estão pensando muito no curto prazo, muito em projeto de poder, e pouco no longo prazo e na sociedade. Eu queria saber se nos meios políticos e entre os partidos discute-se projetos de longo prazo para o país, projeto de décadas, em resumo, qual o objetivo da nação.
4. Sinto que existe um sentimento negativo muito forte nos brasileiros. Esse sentimento de fato existe? Se existe, é possível mudar?
5. A terceira idade está crescendo no mundo inteiro e principalmente no Brasil que, até 2020, vai somar 14% da população. O senhor acha que a política brasileira está pensando no idoso, tanto como cidadão quanto como eleitor?
6. Você liderou um processo que mudou muito o futuro do Brasil. Como foi a sua liderança nesse processo? Qual era o seu nível de confiança no impacto que essa mudança que você estava propondo e liderando nesse momento ia causar? E como esse nível de confiança variou de 1994 a 2002?
7. O Brasil está mudando cada vez mais: uma nova classe média, jovens mais engajados e criativos, um mercado de consumo vasto e mais diversificado. Então eu queria saber se você não acha que está na hora de uma política nova para acabar com esse conflito de origem paulista entre PSDB e PT, de repente partidos novos. Eu vejo alguns jovens interessados em política, mas não existe um caminho claro para chegar lá. Então qual o seu conselho para um jovem hoje na faculdade, interessado em entrar na política? É se filiar a um partido, não se filiar a nenhum, o que você acha disso?
8. O senhor realmente acredita que temos hoje no Brasil uma oposição efetiva? O senhor acredita que essa política atual adotada pelo governo – de escolher esses grandes campeões nacionais e abrir os cofres do BNDES, despejar dinheiro público do contribuinte em poucos grupos de empresários – é capitalismo ou se isso é de fato um processo complicado, onde nada fica claro?
9. Pessoas que não são tão virtuosas e que não estão dispostas a perder popularidade ou enfrentar desafios grandes ocupam cargos públicos que podem causar impactos na sociedade não estão dispostas a propor mudanças que podem mudar muito a vida do brasileiro. Que mudanças você acha que seriam válidas para fazer com que aumente a probabilidade desse jovem bem intencionado, virtuoso, chegar nas posições onde ele possa ter escala? Qual conselho você daria a esse jovem que quer enfrentar esse caminho?
10. O que o senhor pensa sobre o ProUni?
11. Qual a sua avaliação sobre a efetividade do plano Brasil sem Miséria e do Bolsa Família no desenvolvimento socioeconômico do Brasil e também na erradicação da pobreza?
12. Qual a visão do senhor sobre a questão do desenvolvimento sustentável no modelo econômico brasileiro hoje e no futuro?
13. Na visão do senhor, quais são os maiores desafios na administração pública contemporânea no Brasil e quais as principais dificuldades na implementação das políticas públicas?
14. Qual a importância de o Brasil ser um dos países mais ricos do mundo, ser considerado um país emergente, membro dos BRICS se a desigualdade social é tão alta?
15. Na sua opinião, quais são as principais prioridades de um gestor público que se forma na atualidade? Eu queria também, em nome de toda a minha turma, uma mensagem rápida de estímulo para nós que temos uma missão com o país.