Debates
20 de setembro de 2018

Inovação em saúde: onde estamos e aonde podemos chegar?

Este debate reuniu uma economista especializada em inovação e dois cientistas, uma vinculada a uma instituição pública de pesquisa e outro, a uma empresa privada de biotecnologia.


“Inovação se faz com três coisas: pessoas qualificadas, infraestrutura para essas pessoas trabalharem e ambiente favorável que estimule as empresas a inovar. No Brasil temos muito a evoluir nessas três áreas”, resumiu Fernanda de Negri (Ipea), autora do livro “Novos Caminhos para a Inovação no Brasil” (Editora Wilson Center, 2018), neste seminário que discutiu inovação na área de saúde.

A pesquisadora Ana Marisa Tavassi falou sobre a parceria entre a FAPESP, a multinacional GlaxoSmithKline e o Instituto Butantã no Centro de Excelência em Novos Alvos Moleculares: “Qual a novidade? A gestão é compartilhada. Conversamos todos os dias, tomamos decisões conjuntamente e compartilhamos os resultados.”

José Fernando Perez, ex-diretor científico da FAPESP, relatou os avanços do projeto de desenvolvimento de medicamentos de imunoterapia para tratamento de câncer da Recepta Biopharma, empresa da qual atualmente é um dos sócios: “Em inovação, o importante é estar atento às oportunidades e onde tem gente boa. Se tivermos sucesso em nossos testes, oferecemos imunoterápicos com patente brasileira por 20% do valor praticado pelas multinacionais.”

Otávio Dias, jornalista, é especializado em política e assuntos internacionais. Foi correspondente da Folha em Londres, editor do site estadao.com.br e editor-chefe do Huffington Post no Brasil.