A posse de Claudia Sheinbaum é histórica em si mesma. Trata-se da primeira mulher a assumir a presidência do México. Como se fosse pouco, Sheinbaum, além de líder política, tem uma destacada trajetória acadêmica, como física e especialista em mudanças climáticas.
Seu brilho pessoal não apaga o fato, porém, de que ela deve a sua eleição a Andrés Manuel López Obrador, um presidente que concentrou o poder e adotou políticas iliberais e arcaicamente desenvolvimentistas como nenhum outro desde o fim da longa hegemonia do PRI.
Nesse cenário, se coloca uma pergunta-chave: Sheinbaum será uma mera seguidora de AMLO ou buscará imprimir uma marca pessoal ao seu mandato? A resposta a essa pergunta terá consequências importantes para a democracia, para a política ambiental, para a “guerra às drogas”, para a política externa do segundo mais importante país da América Latina, com relevantes efeitos para toda a região.
Para discutir essas questões, a Fundação FHC convidou novamente dois grandes intelectuais públicos do México, um economista e uma cientista política que já estiveram conosco em outras oportunidades.
Presidente do México Evalúa-CIDAC e ex-presidente do Consejo Mexicano de Asuntos Internacionales (COMEXI). É autor e editor de 50 livros, sendo o mais recente “¡En sus Marcas! México hacia 2024” (Grijalbo, 2023).
Cientista política, é diretora fundadora da equipe TalentumMx. Ocupou cargos executivos em universidades nacionais e internacionais, no governo mexicano e na OCDE. É graduada em Relações Internacionais pelo El Colegio de México e PhD em Ciência Política pela Columbia University.
Cientista político e diretor geral da Fundação FHC.