Um em cada dez japoneses tem mais de 80 anos, e quase 30% da população tem mais de 65 anos. Há décadas, o Japão aparece consistentemente como o país com o maior percentual de idosos do mundo, com profundos impactos em sua economia, mercado de trabalho e sociedade. Já o Brasil está envelhecendo rapidamente: apenas 11% da população tem 65 anos ou mais, mas desde 2010 este estrato populacional aumentou 57%. Que políticas o Japão adotou nas últimas décadas para enfrentar esse dilema? O que deu certo e o que não deu? O que está sendo experimentado de mais inovador?
Para falar sobre os desafios do envelhecimento populacional, a Fundação FHC e a Japan House São Paulo trazem de Tóquio uma das maiores gerontólogas do mundo. Para conversar com ela, convidamos um médico brasileiro especializado no tema.
Gerontóloga amplamente reconhecida e especialista em questões do envelhecimento global. Doutora em psicologia pela University of Illinois (EUA), é professora emérita no Institute for Future Initiatives da The University of Tokyo e professora visitante no Tokyo Metropolitan Institute for Geriatrics and Gerontology. Acompanhou os padrões de envelhecimento de 6.000 idosos japoneses por vários anos e conduziu diversas pesquisas transnacionais. Iniciou experimentos sociais pioneiros no redesenho de comunidades para atender às necessidades de uma sociedade altamente envelhecida, como o Kamakura Living Lab.
Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) em 2011, foi assistente da Divisão de Clínica Médica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo e médico preceptor do Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas. É doutor em Ciências pela USP, diretor técnico do Centro Internacional de Longevidade Brasil e, atualmente, desenvolve uma linha de pesquisa sobre sexualidade e envelhecimento LGBTQIA+.
Diretor geral da Fundação FHC, cientista político e Distinguished Fellow of the Kellogg Institute for International Studies, Fall Semester, 2024.